A instalação “É nóis na fita: provérbios africanos”
de Alexandre Araújo Bispo estará em exposição de 01 de junho a 28 de julho no Centro
Municipal de Cultura Afro-Brasileira “Odette dos Santos”.
O objetivo da exposição é trazer ao público um
pouco do conhecimento e visão de mundo contidos em provérbios africanos e afro-brasileiros. Nesse sentido pretende ser um produto
cultural que possa auxiliar na produção de uma sociedade mais justa e igualitária,
que reconheça as diferenças e promova a igualdade.
É também uma homenagem a Mãe Stella de Oxóssi
(1925-), importante ialorixá baiana que reuniu alguns desses sábios provérbios
em livro publicado em 2007. A exposição é inspirada,
portanto em OWÉ/Provérbios, livro capaz de dizer muito sobre a sabedoria
ancestral africana, da qual Stella é herdeira, depositária e difusora.
É nóis na
fita vem, portanto, de encontro com datas comemorativas que reconhecem a
importância do segmento negro na construção da vida, da história e dos valores
nacionais. Ao chamar atenção para os provérbios reunidos por Mãe Stella, a
exposição lembra ainda a importância da oralidade nas comunidades de terreiros
de candomblé, cujo aprendizado de cantigas, orações e fazeres passam pela fala.
Endereço: Rua Dona Alexandrina, 844 (esq. com R. 13
de maio)
Visitas: de segunda a sexta das 14h às 21h
Entrada gratuita
Para abertura da
exposição haverá também a Mesa redonda:
“Urbanidade e Religiosidade Afro-Brasileira” no dia 01 de junho de 2012 (sexta-feira)
das 19h às 21h.
O objetivo desta mesa redonda de abertura é a
reflexão acerca das relações existentes entre o cotidiano na cidade e os lugares
nela destinados ao culto de orixás e entidades essenciais à manutenção da
religiosidade afro-brasileira.
Esta mesa redonda visa discutir como esta
religiosidade é adaptada ao meio urbano e como coexiste com outras religiões e
com a constante negação de sua legitimidade na metrópole sofrendo,
constantemente, diversos tipos de ataques por parte de adeptos de outras religiões
como, por exemplo, ter as oferendas destruídas.
A partir do ponto de vista de um babalorixá
(Gilberto de Exú), de um pesquisador de estudos de estética (Emerson César do
Nascimento – IA/UNICAMP) e do antropólogo e conceituador da proposta “É nóis na fita” (Alexandre Araujo Bispo, Mestrando em Antropologia Social
pela USP), a cidade, as práticas religiosas afrodescendentes e suas
atualizações e adaptações e a tradição oral presente nas manifestações
religiosas afro-brasileiras e na cultura HIP HOP serão discutidas com a
mediação do chefe da Divisão de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (José
Ricardo Marques)
Duração:
2h30.
Público alvo:
pesquisadores a partir de 16 anos e interessados em geral.
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