quarta-feira, 30 de maio de 2012

Abertura da exposição “É nóis na fita: provérbios africanos” esta sexta no Centro Afro


A instalação “É nóis na fita: provérbios africanos” de Alexandre Araújo Bispo estará em exposição de 01 de junho a 28 de julho no Centro Municipal de Cultura Afro-Brasileira “Odette dos Santos”.
O objetivo da exposição é trazer ao público um pouco do conhecimento e visão de mundo contidos em provérbios africanos e afro-brasileiros.  Nesse sentido pretende ser um produto cultural que possa auxiliar na produção de uma sociedade mais justa e igualitária, que reconheça as diferenças e promova a igualdade.
É também uma homenagem a Mãe Stella de Oxóssi (1925-), importante ialorixá baiana que reuniu alguns desses sábios provérbios em livro publicado em 2007. A exposição é inspirada, portanto em OWÉ/Provérbios, livro capaz de dizer muito sobre a sabedoria ancestral africana, da qual Stella é herdeira, depositária e difusora.
É nóis na fita vem, portanto, de encontro com datas comemorativas que reconhecem a importância do segmento negro na construção da vida, da história e dos valores nacionais. Ao chamar atenção para os provérbios reunidos por Mãe Stella, a exposição lembra ainda a importância da oralidade nas comunidades de terreiros de candomblé, cujo aprendizado de cantigas, orações e fazeres passam pela fala.
Endereço: Rua Dona Alexandrina, 844 (esq. com R. 13 de maio)
Visitas: de segunda a sexta das 14h às 21h
Entrada gratuita


Para abertura da exposição haverá também a Mesa redonda: “Urbanidade e Religiosidade Afro-Brasileira” no dia 01 de junho de 2012 (sexta-feira) das 19h às 21h.
O objetivo desta mesa redonda de abertura é a reflexão acerca das relações existentes entre o cotidiano na cidade e os lugares nela destinados ao culto de orixás e entidades essenciais à manutenção da religiosidade afro-brasileira.
Esta mesa redonda visa discutir como esta religiosidade é adaptada ao meio urbano e como coexiste com outras religiões e com a constante negação de sua legitimidade na metrópole sofrendo, constantemente, diversos tipos de ataques por parte de adeptos de outras religiões como, por exemplo, ter as oferendas destruídas.
A partir do ponto de vista de um babalorixá (Gilberto de Exú), de um pesquisador de estudos de estética (Emerson César do Nascimento – IA/UNICAMP) e do antropólogo e conceituador da proposta “É nóis  na fita” (Alexandre Araujo Bispo, Mestrando em Antropologia Social pela USP), a cidade, as práticas religiosas afrodescendentes e suas atualizações e adaptações e a tradição oral presente nas manifestações religiosas afro-brasileiras e na cultura HIP HOP serão discutidas com a mediação do chefe da Divisão de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (José Ricardo Marques)
Duração: 2h30.
Público alvo: pesquisadores a partir de 16 anos e interessados em geral.



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